quarta-feira, 25 de maio de 2011

Esse barulho é do coração, ok?

Um toque. Acidental. Um encontro banal de tecido epitelial que reveste vasos sanguíneos casa vez mais acelerados em resposta ao aumento do meu ritmo cardíaco. Tum-dum, tum dum, tumdum...
Um pedido de desculpas ou o vazio? Vou com o vazio. Um olhar que deveria ser significativo, mas só demonstra nervosismo. Tum-dum, tum dum, tumdum, cada vez mais rápido.
O que é isso que você causa em mim? Por que essa perda de racionalidade, de palavras? Por que as mãos suadas? Por que só com você? Tum-dum, tum dum, tumdum...
Um sorriso de ambos. Um sorriso ambíguo. O seu é um fraco pedido de desculpas que eu gostaria que significasse o quanto se importa comigo. O meu, o reflexo de uma timidez guardada a sete-chaves que tenta demonstrar, debilmente, indiferença. Tum-dum, tum dum, tumdum...
Se vai. Me recomponho, coloco o cabelo detrás da orelha e sigo calada, indiferente com as mãos suadas. Tum-dum, tum-dum... Meu coração volta ao seu compasso normal. Respiro fundo. Prossigo. O cabelo revolta-se novamente, por ter voltado para detrás da orelha.
Um toque. Acidental. Um silêncio. Um sorriso. Um tchau subentendido. Tum-dum, tum-dum, tum-dum...

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