segunda-feira, 18 de julho de 2011

Eu, vc and we almost had it all

Eu não sei como começar. Muito menos como terminar. Eu e você estamos parados no meio. Empacados. Sufocados.
Eu não sei o que dizer, o que fazer. Não sei nem se deveria fazer alguma coisa. O fato é que estou aqui. E estou tentando. Tentando seguir, respirar, arrumar a confusão em que ficamos presos. A confusão que você me faz sentir.
E nós paramos no meio. Um evitando olhar pro outro, evitando pensar no outro. E agora eu sorrio. Você lembra quando eu te falei que só virava texto aquilo que era importante pra mim? Você se lembra de dizer que nunca iria me decepcionar? Você sabe quanta raiva isso me dá? E é ridículo, é clichê, é hediondo sentir e falar desse jeito.
Nós ficamos presos no meio. Perdidos na verdade. Quem deveria tomar a frente quando a culpa é dos dois? Não fomos nós os espertos que desistiram um do outro sem pensar duas vezes? Estamos perdidos. Eu estou perdida. E realmente não sei como terminar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Gritos

E eu quero gritar. Gritar o bem que você me fez e a saudade que me faz. Gritar todos os carinhos, todo o doce das palavras, todo o 'eu te amo'. A indiferença que se apossa do meu sorriso, a raiva que acompanha seu nome, a forma como me afasta a cada segundo, a cada olhar. Eu quero gritar o nó da garganta, o estremecimento, o aperto do corpo, o chocalhar da mão.

Eu quero gritar o bem que você me fez e a saudade que me faz.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

2/1

Sabe o que é conviver tanto com uma pessoa, que você meio que se divide em duas e uma metade de você fica com essa pessoa e tudo o que você espera é receber a sua outra metade, a metade dele? E ai você vicia naquela pessoa, no sorriso dela, no olhar, em todas as palavras pronunciadas, digitadas, até aquelas que ainda não foram expressas. Estar acostumada com a voz, com a maneira de andar, o cheiro. Acordar, tomar café, ler um livro, mas sempre com aquele nome rondando a sua cabeça, penetrando nos seus pensamentos, se fincando na pele, assumindo seus nervos. Como se dentro da sua cabeça não houvesse mais nada que não fosse esse nome e todas as lembranças que ele carrega. E é nesse ponto em que você percebe que está faltando você, tá faltando aquela metade que você deu, você percebe que ele prometeu mas não cumpriu. Não houve troca, apenas doação. E então você quer a sua metade de volta. É quando dá aquela sensação de ser duas pessoas. A metade que ficou, quer ser completa novamente, livre. E a metade que foi, sinceramente, não sabe como voltar.

domingo, 10 de julho de 2011

Alô?

- ” Oi, alô? Olha, eu sei que você estava dormindo e que você detesta quando te acordam, mas eu preciso que você me escute. Eu conheci uma pessoa, um cara que me respeita, que não me deixa horas esperando por um ‘oi’ sem graça e que não limita nossos diálogos, que escuta o que eu tenho a dizer e que me dá respostas coerentes e as vezes até brinca, e é presente, ele é presente. Ele não me diz ‘você me faz bem’ e depois some, pelo menos não ainda… Você diz que mais observa do que faz, ele faz e observa. Eu não sei aonde queria chegar com isso, talvez eu não devesse ter ligado pra você, é, eu não devia ter ligado, nunca. Você tá ouvindo? Tá respirando? “
 - ” Sim, estou ouvindo e respirando.”
- ” É só que, se você me falasse, sabe? Me diz uma palavra, me dá uma prova de que vai mudar, só isso, eu só te peço isso, uma ação e eu volto. “
- ” Que horas posso te buscar?”
- ” Agora?”
- ” Estou saindo de casa, junta as tuas coisas e me espera na porta.”
- ” Vem logo, tenho frio.”