sábado, 19 de novembro de 2011

Nada

Eu me jogaria sobre você, com força, e não reclamaria do impacto nem mesmo se eu mordesse a língua e a cortasse. O gosto do sangue não me incomodaria. Até imagino que deixasse as coisas melhores. Te abraçaria com força mesmo que meus braços doessem. E eu não soltava. Iria querer seu perfume em mim até o cheiro me deixar tonta. E minha boca com gosto de sangue sorriria com seu cheiro simplesmente perfeito.
Talvez eu te beijasse de um jeito que faria minha boca latejar até você me empurrar para longe. Eu nem ligaria tanto. É que tem essa agonia e nada do que eu faça a deixa melhor. Por que eu não sei nada sobre você e tudo já é tão complicado. Só faça passar... O corte, o cheiro, tudo. Já deixei isso ir longe demais.
Há muito "sentir" onde deveria haver nada. Eu quero meu "nada" de volta. Nada me fazia feliz. Nada me faz feliz. Eu gostaria que você o fizesse. Porque eu não sei nada sobre você e já tem tanta coisa que eu faria por você. Só VAI. Vai embora e deixa que o tempo traga o meu "nada" de volta. Meu. Não seu. Não nosso. Meu. Nada me faz feliz.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011